A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (29) a busca do diálogo com o Irã e o fim da “retórica agressiva” que envolve o programa nuclear iraniano. Na entrevista concedida após reunião bilateral com o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, no âmbito da Cúpula do BRICS, na Índia, Dilma defendeu que o Irã possa utilizar a energia nuclear para fins pacíficos como é feito no Brasil.
“E, ao invés da retórica agressiva, se use, diante do Direito Internacional, o direito dos países usar energia nuclear para fins pacíficos, assim como nós fazemos. E que haja um acordo, que se coloque a Agência Internacional de Energia Atômica a procurar que as partes baixem o nível da retórica e se entendam”, disse.
Para a presidenta, é perigosa a adoção de medidas de restrição ao comércio com o Irã. As negociações em torno do programa nuclear iraniano, segundo ela, devem ser feitas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), respeitando as normas do direito internacional.
“O Brasil não concorda com esses processos retóricos de elevação do nível da discussão. Acho extremamente perigoso as medidas de bloqueio de compras do Irã. Apesar de nós não termos relações comerciais com o Irã, mas compreendemos que outros países têm e precisam dessas compras. Agora, nós achamos que é necessário que haja, de parte a parte, uma redução do conflito e se estabeleça o diálogo, para permitir que no âmbito do Direito Internacional, e não de decisões de países, mas no âmbito da ONU e do Direito Internacional, se façam todas as tratativas, buscando prevenir conflitos”.
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