Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, falam no plenário da Câmara sobre as medidas do governo para conter o impacto da crise financeira dos EUA e da Europa. Ao centro, o presidenta da Câmara, Marco Maia. Foto: José Cruz/ABr
Na visão de Mantega, entre as possibilidades de desdobramento da atual situação econômica estão a manutenção de um quadro crônico de crise por mais tempo ou uma rápida agudização, em que “os mercados vêm abaixo, com problemas de crédito, de demanda e de comércio exterior”. No entanto, reiterou que há como tomar medidas para segurar os efeitos negativos que isso possa trazer ao país. Ele observou, como exemplo, que o Brasil tem espaço para reduzir os juros e os depósitos compulsórios caso haja novas restrições no crédito.
“Na política monetária, temos raio de manobra”, disse o ministro.Entre os recursos para conter efeitos da crise, Mantega citou a manutenção de um aperto fiscal; a contenção do crescimento dos gastos públicos, com o auxílio de prefeituras e governos estaduais; as reservas internacionais brasileiras, que hoje giram em torno de US$ 347 bilhões; além do mercado interno fortalecido. O ministro lembrou, ainda, da nova política industrial lançada na última semana, o Plano Brasil Maior, como medida para fortalecer a indústria nacional frente à crise global.
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