segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ban Ki-moon elogia lideraça da presidenta Dilma Rousseff em questões de gênero

Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante encontro no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, foi recebido nesta quinta-feira (16/6) pela presidenta Dilma Rousseff, ocasião em que trataram do processo de reforma e fortalecimento da ONU, além de temas como a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), os progressos alcançados pelo Brasil no cumprimento das metas de desenvolvimento do milênio e questões de paz e segurança.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, o secretário-geral elogiou a atuação brasileira no Haiti no âmbito da Minustah e destacou a liderança da presidenta Dilma em questões de gênero. Ele lembrou que ela será a primeira mulher a abrir os debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá em setembro, em Nova York.

A presidenta agradeceu ao secretário-geral por ter recebido o candidato brasileiro a diretor-geral da FAO, José Graziano, que foi classificado por ele “como excelente candidato”. Dilma Rousseff, por sua vez, expressou seu desejo de ver uma maior participação de cidadãos de países em desenvolvimento – o Brasil em particular – em órgãos das Nações Unidas.

Por fim, de acordo com Rodrigo Baena, a presidenta manifestou seu apoio à reeleição de Ban Ki-moon para a Secretaria-Geral da organização.

Ministro Gilberto Carvalho em encontro com o secretário-geral das Nações Unidas. Foto: Divulgação/SG

Sociedade civil - Antes da audiência com a presidenta, Ban Ki-moon se encontrou – também no Palácio do Planalto – com representantes da sociedade civil, sob a coordenação do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), para debater o fortalecimento da participação social na implementação de políticas públicas.

Na ocasião, ele disse que os líderes da sociedade civil vêm participando cada vez mais de medidas importantes junto à ONU e que a entidade aprecia muito as iniciativas e o ativismo da sociedade civil para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O secretário-geral citou o empoderamento das mulheres, a luta pela preservação do meio ambiente e o compromisso em relação à garantia dos direitos humanos.



“Precisamos de uma parceria tripartite forte entre governos, sociedade civil e ONU. Quando essa parceria é forte, pode-se esperar que as sociedades e os países se fortaleçam e sejam capazes de aproveitar a liberdade da democracia. O papel da sociedade civil é sempre importante e eu estou aqui para ouvir suas opiniões e sugestões”, afirmou.

Itamaraty - Mais cedo, Ban Ki-moon se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, no Palácio Itamaraty, quando discutiram desenvolvimento sustentável, combate à fome e à pobreza, paz e segurança e reforma da governança global.

Após o almoço no Itamaraty, o secretário-geral afirmou aos jornalistas que concorda que o Conselho de Segurança das Nações Unidas seja modificado para se adaptar ao novo desenho geopolítico mundial, tornando-se mais representativo e democrático. Ban disse estar ciente do desejo do Brasil de se tornar membro permanente do Conselho, mas que o tema deve ser discutido entre os estados-membros da Organização.

Documentos oficiais – Questionado sobre sua opinião acerca da confidencialidade de documentos oficiais, Ban disse entender que todos os países têm seu próprio sistema e que cabe a cada um adotar uma decisão sobre a questão.

Ban Ki-moon chegou ao Brasil nesta quinta-feira após visitar Colômbia, Argentina e Uruguai. Sua viagem antecede a eleição para a secretaria-geral da ONU, ao qual ele é candidato único.

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